Mandrágora a rainha das plantas mágicas
A mandrágora é uma planta lendária, há séculos vem fascinando a imaginação e desempenhando papéis significativos em diversas tradições magísticas e na bruxaria.
Seu nome científico Mandragora officinarum da família Solanáceas, suas raízes bifurcadas lembram a forma humana. Algumas raízes da mandrágora parecem um boneco sem cabeça, contribuindo assim para sua aura mística, despertando fantasias e superstições.
Lendas surgiam que ela crescia em locais misteriosos e seu formato peculiar contribuiu para a crença em propriedades mágicas, recebendo uma forte conotação no imaginário coletivo.
Ela é mencionada em diversos textos místicos, na mitologia grega acreditava-se que quando arrancada da terra emitia um grito podendo matar uma pessoa.
Na bruxaria é utilizada em poções e encantamentos, na qual acredita-se que possui propriedades mágicas e afrodisíacas. Os bruxos modernos a utiliza em rituais de cura, proteção, filtros, unguentos e poções do amor. Acredita-se que ela possa abrir portais potencializando a intuição e insights.
Os antigos conhecedores desta planta reconheciam nela virtudes medicinais e alucinógenas. Seus componentes causavam delírios e excitação, sendo assim considerada afrodisíaca.
O uso desta planta estende-se da antiguidade até os dias atuais.
Crenças alimentou a ilusão de várias pessoas de que esta raiz era capaz de fornecer riquezas. Diante disso, sua colheita era envolta a rituais específicos, pois acreditavam que antes de retirada do solo era necessário amarrar a planta em um cachorro preto para evitar a sua ira mágica. Nesse tempo a pessoa teria tempo de tampar os ouvidos durante o grito mortal da planta e o sacrifício do cachorro consentiria a pessoa a retirá-la sem perigo.
A igreja medieval na luta contra as práticas mágicas das Curandeiras, bruxas e feiticeiras :
No passado algumas mulheres tinham um profundo conhecimento sobre plantas, ervas e raízes, eram manipuladoras da natureza. As plantas eram usadas para fins terapêuticos como para fins mágicos. As plantas mágicas, como a Mandrágora, eram manipuladas por essas mulheres.
Esses mistérios eram vistos com desconfiança pelos homens da época e por esse motivo, criou-se um estigma, uma visão enigmática sobre as mulheres detentoras deste tipo de conhecimento, criando uma ideia de uma esfera maligna.
Posteriormente, na Idade Média, a igreja atribuiu as curandeiras e feiticeiras a prática de atividade demoníacas e adoradoras de demônios, tornando-se potencialmente: bruxas. Visto que esse termo; "bruxa" foi uma criação da igreja Católica no século XVII, pois anteriormente a este século não se encontrava essa definição.
E as religiões pagãs, práticas mágicas e de curandeirismo foram extirpadas pela Igreja Católica.
Na arte:
A mandrágora aparece em variadas inspirações artísticas e literária como: Romeu e Julieta, Harry Potter e a Câmara Secreta, Merlin, e outros, frequentemente é associada a elementos de mistério e de magia.
É importante notar que as propriedades místicas atribuídas a mandrágora são baseadas em tradições culturais e práticas mágicas.
Embora a mandrágora seja considerada uma planta mística em muitas tradições místicas, é fundamental enfatizar seu uso na bruxaria vem com respeito e consciência, numa abordagem sustentável respeitando a natureza e conservação das espécies.
By Imperium Maximus Tarot
LANGER, Johnni. A bruxa no medievo: origens e imaginário. Modulo 1 do curso "História
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RUSSEL, Jeffrey B; Brooks, Alexander. História da Bruxaria. São Paulo: Aleph, 2008.
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