sábado, 27 de janeiro de 2024

Mandrágora- uma planta mística

                     Mandrágora a rainha das plantas mágicas



A mandrágora é uma planta lendária, há séculos vem fascinando a imaginação e desempenhando papéis significativos em diversas tradições magísticas e na bruxaria.

Seu nome científico Mandragora officinarum da família Solanáceas, suas raízes bifurcadas lembram a forma humana. Algumas  raízes da mandrágora parecem um boneco sem cabeça,  contribuindo assim para sua aura mística, despertando fantasias e superstições. 

Lendas surgiam que ela crescia em locais misteriosos e seu formato peculiar contribuiu para a crença em propriedades mágicas, recebendo uma forte conotação no imaginário coletivo.

Ela é mencionada em diversos textos místicos, na mitologia grega acreditava-se que quando arrancada da terra emitia um grito podendo matar uma pessoa. 

Na bruxaria é utilizada em poções e encantamentos, na qual acredita-se que possui propriedades mágicas e afrodisíacas. Os bruxos modernos a utiliza em rituais de cura, proteção, filtros, unguentos e poções do amor. Acredita-se que ela possa abrir portais potencializando a intuição e insights.

Os antigos conhecedores desta planta reconheciam nela virtudes medicinais e alucinógenas. Seus componentes causavam delírios e excitação, sendo assim considerada afrodisíaca.




O uso desta planta estende-se da antiguidade até os dias atuais. 

Crenças alimentou a ilusão de várias pessoas de que esta raiz era capaz de fornecer riquezas. Diante disso, sua colheita era envolta a rituais específicos, pois  acreditavam que antes de retirada  do solo era necessário amarrar a planta em um cachorro preto para evitar a sua ira mágica. Nesse tempo a pessoa teria tempo de tampar os ouvidos durante o grito mortal da planta e  o sacrifício do cachorro  consentiria a pessoa a retirá-la sem perigo.

A igreja medieval na luta contra as práticas mágicas das Curandeiras, bruxas e feiticeiras :

No passado algumas mulheres tinham um profundo conhecimento sobre plantas, ervas e raízes, eram manipuladoras da natureza. As plantas eram usadas para fins terapêuticos como para fins mágicos. As plantas mágicas, como a Mandrágora, eram manipuladas por essas mulheres.

Esses mistérios eram vistos com desconfiança  pelos homens da época e por esse motivo, criou-se um estigma, uma visão enigmática sobre as mulheres detentoras deste tipo de conhecimento, criando uma ideia de uma esfera maligna. 

Posteriormente, na Idade Média, a igreja atribuiu as curandeiras e feiticeiras a prática de atividade demoníacas e adoradoras de demônios, tornando-se potencialmente: bruxas. Visto que esse termo; "bruxa" foi uma criação da igreja Católica no século XVII, pois anteriormente a este século não se encontrava essa definição.

E as religiões pagãs, práticas mágicas e de curandeirismo foram extirpadas pela Igreja Católica.

Na  arte:

A mandrágora  aparece em variadas inspirações artísticas e literária como: Romeu e Julieta, Harry Potter e a Câmara Secreta, Merlin, e outros, frequentemente é associada a elementos de mistério e de magia.

É importante notar que as propriedades místicas atribuídas a mandrágora são baseadas em tradições culturais e práticas mágicas. 

Embora a mandrágora seja considerada uma planta mística em muitas tradições místicas, é fundamental enfatizar seu uso na bruxaria vem com respeito e consciência,  numa abordagem sustentável respeitando a natureza e conservação das espécies.

By Imperium Maximus Tarot




LANGER, Johnni. A bruxa no medievo: origens e imaginário. Modulo 1 do curso "História da Bruxaria". UFPB, 2017. 2017). Disponível em: . Acesso em 11 maio 2019.

RUSSEL, Jeffrey B; Brooks, Alexander. História da Bruxaria. São Paulo: Aleph, 2008. Disponível em: Acesso em:17 jun.2019.